domingo, 4 de outubro de 2009

Mediterrâneo

uma dose dessa overdose
intravenosa e ácida
e os barcos fazem o levante

o vento sopra a favor
e eu vou navegando
nesse mar sem fim

quando abro meu abraço
congelo-me nesse apogeu
que me derrete por completo

na tempestade tropical
cerco-me
esvaeço-me

mas o sol aparece
e com o calor
me aquece

Por Rene Serafim - "Juninho"

4 comentários:

  1. congelando abraços, para então, derreter-se neles.

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  2. Dá prá sentir daqui a brisa do mediterrâneo

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  3. De hoje em diante, mar é boa inveja.
    Adorei.

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  4. já tinha virado um cubo de gelo, até chegar no fim da poesia... o final me salvou....

    ufa, alívio

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