No vazio
e escuro do quarto
internalizo-me.
Silenciosamente
escrevo os atormentos
e as loucuras.
Minha internalização externaliza-se
na forma de lágrimas
e descarrega o peso
da solidão que por ora me consome.
A garganta se fecha.
Os olhos já não enxergam
com o acúmulo da coisa lacrimal.
O sentimento todo deságua
quando num filme ele,
no caso eu,
lê a seguinte frase:
“Felicidade só é real quando compartilhada”
E este conjunto de palavras
denominada de frase
é o limiar deste descarrego
de sentimentos
traduzido em poesia
mas que sequer atingiu
o que eu realmente sentia.
P.S. Para você que agora compartilha a minha poesia. Ao ler, ouça essa MÚSICA.
Por Rene Serafim - "Juninho"
terça-feira, 29 de setembro de 2009
domingo, 27 de setembro de 2009
Singela homem-nagem
O nêgo se foi
e a jamaica faz festa
tem carne de boi
e à noite seresta.
Tem Bob tocando
na entrada do paraíso
e Barrey vai adentrando
com aquele sorriso.
Fica a fotografia
naquela cozinha
não vemos seu rosto
só sentimos sua alegria.
P.S. Para Barrey.
Por Rene Serafim - "Juninho"
e a jamaica faz festa
tem carne de boi
e à noite seresta.
Tem Bob tocando
na entrada do paraíso
e Barrey vai adentrando
com aquele sorriso.
Fica a fotografia
naquela cozinha
não vemos seu rosto
só sentimos sua alegria.
P.S. Para Barrey.
Por Rene Serafim - "Juninho"
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Carta Magma
Uma pausa na poesia.
Anseios e conflitos nos movem todos os dias na forma de angústias, sofrimentos, tristezas, incompreensões, prazeres, desejos, realizações, sonhos e muitas outras coisas que no fundo possuem um só significado: tensão. Talvez a saída mais fácil e prazerosa, diga-se de passagem, seria retirar o “n” do meio desta palavra. Mas é preciso tensão em equilíbrio constante para que a corda não arrebente em um dos lados.
A corda não é de ferro nem é de aço. Ela é fruto das relações humanas intangíveis. Cedo ou tarde, arrebenta no nosso lado. Infelizmente o nosso é sempre propenso a receber a lapada do ato. Antes fosse teatro.
Agora apronfundaremos a nossa questão que possui múltiplas escolhas. Ir ou não de encontro ao rompimento da nossa corda? Iremos. O rompimento é parte do processo. Ao ir, vamos ao novo anseio, conflito, angústia, sonho, prazer (...), ou seja, um novo ciclo se inicia.
Buscar o equilíbrio da nossa nova corda é a questão essencial. Não interessa os meios utilizados nem os valores socias colocados sobre a mesa. Serviremos o jantar com a sobremesa.
Esqueci de falar da corda. “Shame on you!” diria os ingleses. A apresentação deveria estar antes de começar o texto. Opa! Quebrei uma regra culta que não estava bem incutida na minha cabeça. Mentira. Estava e foi proposital. Apenas estou dando vida à corda. Primeiro ela existe e não sabe que existe. Depois é que ela vai se preenchendo e dando forma e essência ao seu corpo de corda.
Nessa confusão de palavras soltas e ideias desconexas, consigo visualizar a intencionalidade de toda essa filosofia barata e xucra: a decisão de se arrebentar deve partir da corda para o todo. Ah! E o todo só é todo porque elas, as cordas, existem.
Voltemos à poesia.
Por Rene Serafim - "Juninho"
Anseios e conflitos nos movem todos os dias na forma de angústias, sofrimentos, tristezas, incompreensões, prazeres, desejos, realizações, sonhos e muitas outras coisas que no fundo possuem um só significado: tensão. Talvez a saída mais fácil e prazerosa, diga-se de passagem, seria retirar o “n” do meio desta palavra. Mas é preciso tensão em equilíbrio constante para que a corda não arrebente em um dos lados.
A corda não é de ferro nem é de aço. Ela é fruto das relações humanas intangíveis. Cedo ou tarde, arrebenta no nosso lado. Infelizmente o nosso é sempre propenso a receber a lapada do ato. Antes fosse teatro.
Agora apronfundaremos a nossa questão que possui múltiplas escolhas. Ir ou não de encontro ao rompimento da nossa corda? Iremos. O rompimento é parte do processo. Ao ir, vamos ao novo anseio, conflito, angústia, sonho, prazer (...), ou seja, um novo ciclo se inicia.
Buscar o equilíbrio da nossa nova corda é a questão essencial. Não interessa os meios utilizados nem os valores socias colocados sobre a mesa. Serviremos o jantar com a sobremesa.
Esqueci de falar da corda. “Shame on you!” diria os ingleses. A apresentação deveria estar antes de começar o texto. Opa! Quebrei uma regra culta que não estava bem incutida na minha cabeça. Mentira. Estava e foi proposital. Apenas estou dando vida à corda. Primeiro ela existe e não sabe que existe. Depois é que ela vai se preenchendo e dando forma e essência ao seu corpo de corda.
Nessa confusão de palavras soltas e ideias desconexas, consigo visualizar a intencionalidade de toda essa filosofia barata e xucra: a decisão de se arrebentar deve partir da corda para o todo. Ah! E o todo só é todo porque elas, as cordas, existem.
Voltemos à poesia.
Por Rene Serafim - "Juninho"
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Curta-metragem
Não há rima
nem prosa
o auto-retrato
reflete em mim
faço versos
livres
soltos
agora fico deitado
sobre o meu todo
enfim
faço versos
presos
enjaulados
acorrentados em mim.
Por Rene Serafim - "Juninho"
nem prosa
o auto-retrato
reflete em mim
faço versos
livres
soltos
agora fico deitado
sobre o meu todo
enfim
faço versos
presos
enjaulados
acorrentados em mim.
Por Rene Serafim - "Juninho"
domingo, 20 de setembro de 2009
Haikai londrino II
quando o tempo está para FOG
eu entro num PUB
e me aFOGo.
Por Rene Serafim - "Juninho"
eu entro num PUB
e me aFOGo.
Por Rene Serafim - "Juninho"
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Dez horas
Não posso ser feliz por completo.
Se serei?
Não sei.
Mas minha poesia necessita de tristeza e doses de solidão.
Porque elas são fontes.
Inspiração.
Carrego no peito sangrado o gosto acre da vida.
Aperto meu cinto. E sinto.
Derramo o pouco doce que sobra longe de mim.
Não estou sendo vítima de mim mesmo.
Pelo contrário.
Estou apenas mostrando que os meus versos cantam
a canção fúnebre em tempos de alegria.
E que somente eu sei sobre a minha poesia.
Por Rene Serafim - "Juninho"
Se serei?
Não sei.
Mas minha poesia necessita de tristeza e doses de solidão.
Porque elas são fontes.
Inspiração.
Carrego no peito sangrado o gosto acre da vida.
Aperto meu cinto. E sinto.
Derramo o pouco doce que sobra longe de mim.
Não estou sendo vítima de mim mesmo.
Pelo contrário.
Estou apenas mostrando que os meus versos cantam
a canção fúnebre em tempos de alegria.
E que somente eu sei sobre a minha poesia.
Por Rene Serafim - "Juninho"
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Entre-laços
Faço estes versos
Enquanto dormes
Reluzente e presente
Na minha cama
Ainda sinto seu cheiro
Nos corpos
Deitados e experimentados
Amados.
Por Rene Gonçalves Serafim Silva - "Juninho"
Enquanto dormes
Reluzente e presente
Na minha cama
Ainda sinto seu cheiro
Nos corpos
Deitados e experimentados
Amados.
Por Rene Gonçalves Serafim Silva - "Juninho"
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
1ª Pessoa do singular
Você carrega as mágoas
nas profundezas mais profundas.
Chora lágrimas já sem sal
e cristalizadas.
Você guarda e aguarda
o metrô da madrugada.
Retira-se da linha
não mais utilizada.
Você caminha a três horas
de sua morada.
E ao chegar
está mais frio.
Você derrama o sangue
que fora vermelho.
Agora ele sequer
tem cor.
Você hoje é um ser
metamorfizado.
Talvez um verbo intransitivo
mas que aceita exceções.
Você é...
a primeira pessoa do singular.
Por Rene Gonçalves Serafim Silva - "Juninho"
nas profundezas mais profundas.
Chora lágrimas já sem sal
e cristalizadas.
Você guarda e aguarda
o metrô da madrugada.
Retira-se da linha
não mais utilizada.
Você caminha a três horas
de sua morada.
E ao chegar
está mais frio.
Você derrama o sangue
que fora vermelho.
Agora ele sequer
tem cor.
Você hoje é um ser
metamorfizado.
Talvez um verbo intransitivo
mas que aceita exceções.
Você é...
a primeira pessoa do singular.
Por Rene Gonçalves Serafim Silva - "Juninho"
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Lado B
O silêncio líquido
será a resposta
para o meu segredo.
Ao não dizer,
falarei mais alto
e mais profundo.
Com as asas de quem quer voar,
corto as minhas
na esperança de um dia
fazer-te acreditar.
E no lirismo barato que por ora faço
tento num impulso,
súbito e intenso,
colocar em palavras
tudo aquilo que existe
na minha abstração sentimental.
O prazer de fazê-los,
os versos,
é semelhante ao gozo noturno
dos dias quentes.
E como quem sente sou eu,
escrevo.
Fim.
P.S.: Feito na rodoviária de Ribeirão Preto.
Por Rene Gonçalves Serafim Silva - "Juninho"
será a resposta
para o meu segredo.
Ao não dizer,
falarei mais alto
e mais profundo.
Com as asas de quem quer voar,
corto as minhas
na esperança de um dia
fazer-te acreditar.
E no lirismo barato que por ora faço
tento num impulso,
súbito e intenso,
colocar em palavras
tudo aquilo que existe
na minha abstração sentimental.
O prazer de fazê-los,
os versos,
é semelhante ao gozo noturno
dos dias quentes.
E como quem sente sou eu,
escrevo.
Fim.
P.S.: Feito na rodoviária de Ribeirão Preto.
Por Rene Gonçalves Serafim Silva - "Juninho"
domingo, 6 de setembro de 2009
Passarela Rubens Pasin
Atravessando a passarela Rubens Pasin
senti o odor da urina lá deixada
por um transeunte qualquer na madrugada.
Ao olhar ao meu redor
deparei-me com a forma mais pura e poética da vida:
as marcas deixadas por todos que ali passam.
Subitamente aflorou em meus poros a poesia
e exalou meus sentimentos fugazes.
Tudo isso por causa de uma passarela.
Por Rene Gonçalves Serafim Silva - "Juninho"
senti o odor da urina lá deixada
por um transeunte qualquer na madrugada.
Ao olhar ao meu redor
deparei-me com a forma mais pura e poética da vida:
as marcas deixadas por todos que ali passam.
Subitamente aflorou em meus poros a poesia
e exalou meus sentimentos fugazes.
Tudo isso por causa de uma passarela.
Por Rene Gonçalves Serafim Silva - "Juninho"
Assinar:
Postagens (Atom)