Uma pausa na poesia.
Anseios e conflitos nos movem todos os dias na forma de angústias, sofrimentos, tristezas, incompreensões, prazeres, desejos, realizações, sonhos e muitas outras coisas que no fundo possuem um só significado: tensão. Talvez a saída mais fácil e prazerosa, diga-se de passagem, seria retirar o “n” do meio desta palavra. Mas é preciso tensão em equilíbrio constante para que a corda não arrebente em um dos lados.
A corda não é de ferro nem é de aço. Ela é fruto das relações humanas intangíveis. Cedo ou tarde, arrebenta no nosso lado. Infelizmente o nosso é sempre propenso a receber a lapada do ato. Antes fosse teatro.
Agora apronfundaremos a nossa questão que possui múltiplas escolhas. Ir ou não de encontro ao rompimento da nossa corda? Iremos. O rompimento é parte do processo. Ao ir, vamos ao novo anseio, conflito, angústia, sonho, prazer (...), ou seja, um novo ciclo se inicia.
Buscar o equilíbrio da nossa nova corda é a questão essencial. Não interessa os meios utilizados nem os valores socias colocados sobre a mesa. Serviremos o jantar com a sobremesa.
Esqueci de falar da corda. “Shame on you!” diria os ingleses. A apresentação deveria estar antes de começar o texto. Opa! Quebrei uma regra culta que não estava bem incutida na minha cabeça. Mentira. Estava e foi proposital. Apenas estou dando vida à corda. Primeiro ela existe e não sabe que existe. Depois é que ela vai se preenchendo e dando forma e essência ao seu corpo de corda.
Nessa confusão de palavras soltas e ideias desconexas, consigo visualizar a intencionalidade de toda essa filosofia barata e xucra: a decisão de se arrebentar deve partir da corda para o todo. Ah! E o todo só é todo porque elas, as cordas, existem.
Voltemos à poesia.
Por Rene Serafim - "Juninho"
uma pausa para o brinde: a-corda!
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