Você carrega as mágoas
nas profundezas mais profundas.
Chora lágrimas já sem sal
e cristalizadas.
Você guarda e aguarda
o metrô da madrugada.
Retira-se da linha
não mais utilizada.
Você caminha a três horas
de sua morada.
E ao chegar
está mais frio.
Você derrama o sangue
que fora vermelho.
Agora ele sequer
tem cor.
Você hoje é um ser
metamorfizado.
Talvez um verbo intransitivo
mas que aceita exceções.
Você é...
a primeira pessoa do singular.
Por Rene Gonçalves Serafim Silva - "Juninho"
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