segunda-feira, 20 de julho de 2009

Devir

Não me furtarei
a escrever-te estas palavras.

Ainda que a fugacidade
esteja me olhando pelo espelho.
Querendo que eu vá embora
antes que o dia vire noite.

Serei patético.
Para que a sua abstração
torne-se a vivência do meu não vivido.
Do devir.

Devir que não virá a ser
enquanto escrevo-te.
Devir que não virá a ser
enquanto lês.

Devir próprio da minha existência.

Só que estas palavras
já estão chegando ao fim.
E não consegui exprimir
aquilo que propusera a ti.

Por Rene Gonçalves Serafim Silva - "Juninho"

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