sábado, 27 de março de 2010

Ser

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Com a poesia posso ser ave
ser sapo ou pedra
posso ser qualquer coisa.

Sou eu ou você
sou meu pseudo-eu
sou verdadeiro
ou disfarço.

Sou horizonte no crepúsculo
ou veredas no Cerrado.

Lesmas que rastejam nas paredes
gozam no meu amanhecer.

Verão que eu era lagarto à noite
no outono da primavera
onde a folha veio flor
em pleno inverno.

Mas hoje sou metamorfose
e a única coisa que não sou
é não ser.

Por Rene Serafim - "Juninho"

7 comentários:

  1. não ser é cansativo.
    eu também prefiro mil vezes ser, independente do que eu possa me transformar, mas que com intensidade o seja.

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  2. "também é ser, deixar de ser assim."

    nhame! :***

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  3. A única coisa que não sou, é não ser.
    Profundo, e belo.
    Amei!!!
    *.*

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  4. O ser poeta pode ser imaginativo nas durações da vida e deve ser real quando desistir!

    Abs meu caro.

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  5. Belíssimo poema Rene! Conseguiu surpeender no final.

    Abraços

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  6. Muito lindo! Adorei aqui!
    visita meu blog tbm!

    bjos

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