As bocas separadas por uma distância mínima,
nula,
tão próximas que o ar que sai de dentro de um
preenche o peito vazio do outro
devoram-se ao saciar o desejo em gotas de saliva
e pingos de suor
entrelaçam corpos e copos
ao brindar doses de gozo.
No calor das noites embriagadas
de tesão e paixão
vomitamos nossas partes mais íntimas
ínfimas,
ao curarmos a ressaca da saudade com o doce carinho ardente dos olhos
que se encontram
se cruzam
se espelham
antes de partir
e levar consigo a metade inteira do olhar do outro
no olho seu,
partido.
Por Fernanda Tavares e Rene Serafim (Juninho)
saudade! :*
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