Gélida madrugada vazia
onde as horas teimam em não passar
ou querem mostrar
que são as donas do tempo.
E como um vassalo
obedeço o senhor do tempo ao consentir
essa espera crua e silenciosa.
No limite
que separa sensatez e loucura
está o lirismo.
E é nesse pequeno espaço on(l)írico
que me refugio
da solidão.
Absorvo em meus poros
o suor lírico e líquido
e exalo a poesia ácida
que por ora te evapora.
Por Rene Serafim